Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

DESERTO ENCABULADO

Não tenho ninguém para conversar
Mundo desabitado
Deserto encabulado
Sem sombras para descansar

Sobras de perfume evaporaram
Foram de encontro à noite
Buscar a melancolia escondida
Na vida desfalecida

Não tenho ninguém para olhar
Para separar as gotas de orvalho
Evitar que as folhas se desprendam
Para não mais voltar

Sou um mundo no vazio
Um país sem povoado
Mar sem água para se alimentar
Lua sem sol para brilhar

Não tenho ninguém para abraçar
Para sufocar meu soluço
Para me agasalhar
Não tenho ninguém para navegar

2 comentários:

  1. Estimado e Brilhante Poeta Amigo:
    Não tem ninguém para falar?
    VOCÊ é extraordinário, genial e admirável.
    Sou seu amigo.
    Gosto imenso de o ler.
    Transforma o seu blogue em maravilha.
    A sua amada há-de ver o sensível e genial poeta que é.
    Abraço amigo ao seu talento profundo.
    Com respeito pela grandeza do seu sentir de perfeição.
    Sempre a admirar o que concebe de beleza poética imensa.

    pena

    Adorei.
    É fantástico, amigo poeta.
    Gostei muito.
    Feliz Natal com os seus.

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  2. Um triste belo, que bem poderia ter minha assinatura. bjos amado.

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