domingo, 22 de julho de 2012
DOCE SABOR DO SORVETE
Ainda
assim olhou para trás para ver onde ficaram as promessas, mas viu apenas as
sementes que estavam espalhadas pelo chão. O sol já estava alto e o chapéu
protegia sua cabeça, mas não lhe protegia das lembranças. Continuou espalhando
as sementes, tinha um dia inteiro pela frente para lembrar-se de quando se
conheceram, assim meio por acaso naquela tarde de chuva, os olhos nem se
encontraram, mas se olharam, conversaram, tomaram sorvete, cada um no seu lado,
ficaram ali por horas, parecia que já se conheciam há tempos, depois começaram
a sentir saudades, era hora de ir, saíram, cada um para seu lado, sobrou o verbo,
que passou a ser conjugado no passado.
Arnoldo
Pimentel
Visite a Folha Cultural Pataxó e leia o texto “Sala de
Aula” de Cristiano Marcell
A Folha Cultural Pataxó é um zine e blog onde a
prioridade é a Cultura e a Educação, onde também pode-se ler ótimos poemas. Se
puder leia e comente o texto do Cristiano, sua opinião é muito importante pra
nós. Link abaixo:
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Do doce sabor do sorvete
ResponderExcluirEsperanças espalhadas pelo chão
Porquanto o melhor não acontece
Ficaram lembranças de uma paixão!
Poderá ser ou não
Acontece de quando em vez
Com justiça e razão
Mas que nunca seja talvez!
Bom resto de domingo,
um abraço
Eduardo.
Meu querido amigo grata pela sua visita, os amigos conhecem-se por vários sinais, esses nos vão tocando a nossa alma com sutileza.
ResponderExcluirHá outro tipo de amigos que são amigos passantes, passam de longe, em longe e tem ainda os que passam por nós que nem sabemos como os identificar, esses só passam e não deixam rasto nem história.
Você pertence há classe dos primeiros, um grande bem-haja e que tudo na vida lhe traga conforto moral e espiritual.
Beijinhos de luz sempre
Só sobraram as lembranças e a aproximação reprimida, sintetizada nos momentos em que o sorvete foi saboreado.
ResponderExcluirEstive na postagem que recomendou . O Cristiano se expressa muito bem. Bja.
Há momentos que nos obrigamos
ResponderExcluira despedida com vontade de voltar
atrás.
Seria essa a saida de lembranças
e nada mais?
O sorvete sem sabor, o que se
chupou para serem guardados
como fotografias, como se
nada foi dito, porque o sorvete
não deixou...
Gosto de ler-te sempre muito bom
Abraços
Livinha