Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó

domingo, 18 de setembro de 2011

AMANHECEU

AMANHECEU

Sobraram estrelas
No céu dos meus dias
Não as usei na fantasia
Para forjar minha alegria

Sobraram garrafas na mesa
Quando o bar fechou
E o sinônimo do deserto
Lavou minha alma

Sobraram tristezas no fim
No murmúrio que calou o ouvido
Que calou o grito na escuridão
Das sobras do papel tingido

Bastou as estrelas partirem
O sol rasgar as montanhas
Para eu desfalecer no abandono
Que a noite me impôs

9 comentários:

  1. "Bastou as estrelas partirem
    O Sol rasgar as montanhas..."
    Que lindo teu poema! Parabéns amigo!
    Luz! Ana Coeli

    ResponderExcluir
  2. Bela poesia/ tocante elegia.
    Na verdade eu li como sendo um soneto; suprimi os últimos versos das duas últimas estrofes.
    Esse recurso não fez perder, pra mim, a propriedade poética.
    Abraços Poeta!

    ResponderExcluir
  3. Desfacelece-me a alma ao ler teus lindos versos, Arnoldo.
    Demais! Amei!
    Beijinhos...

    ResponderExcluir
  4. Querido Arnoldo teu poema é lindo e intenso, sempre a solidão nos seguindo como uma sombra, mas olha que o raio de sol sempre traz vida nova, nova esperança, novo sonho e é deles que o poeta vive, linda demais tua obra beijos Luconi

    ResponderExcluir
  5. A noite tem desencontros que o proprio sentir escreve. O luar, o brilho das estrelas, acalentam, o quanto se necessita [ou não].

    Um prazer lê-lo.
    Um beijo
    oa.s

    ResponderExcluir
  6. Bastou as estrelas partirem
    O sol rasgar as montanhas
    Para eu desfalecer no abandono
    Que a noite me impôs


    Um poema exuberante, que maravilha deixo meu abraço carinhoso....

    tenha uma ótima semana, Poeta o/ grande bj..**

    darlene alves...(",)

    ResponderExcluir
  7. Ola Arnoldo, tudo bem?
    Quando parece que não restam nada, surgem lindos versos como estes e enfeitam o papel e a alma de quem os Lê!

    Parabéns pela linda poesia.

    ResponderExcluir
  8. Oi meu amigo, que lindo este poema e que saudades que eu também já ia sentido, sim, que a gente sente quando o nosso bando se ausenta em voos prolongados, mas tudo bem foi por uma boa causa não foi por motivos menos bons.
    Amigo achei melhor comentar aqui porque adorei o poema mas quero que saiba, que fiquei feliz pelo seu livro mesmo ainda sem o conhecer, mas a avaliar por aqui tem de certeza de ser bom.
    Fique com Deus e que faça muito sucesso, beijinhos de luz e muitas alegrias...

    ResponderExcluir