Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó

sábado, 18 de agosto de 2012

SEDE AO REDOR DOS SINOS


O vilarejo é protegido
Por uma muralha de flores
As seis da manhã os sinos badalam
As janelas e portas são abertas
As pessoas saem pra rua
O livro é aberto
E as palavras são lidas
Os ouvidos ouvem
Os corações sentem
E saciam a sede induzida
Depois voltam pra casa
Para fecharem as janelas e as portas
Sem olharem para o lado
Pelo mesmo caminho
Pelo mesmo caminho
Todos os dias...

Arnoldo Pimentel

8 comentários:

  1. "Pelo mesmo caminho todos os dias..." E assim se repete a vida! Belo e reflexivo!
    Luz
    Ana

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  2. Uma rotina lindamente descrita em um poema.Parabéns!

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  3. Arnoldo,infelizmente o individualismo tem se tornado uma marca do homem de hoje!Maravilha de inspiração!bjs,

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  4. É meu amigo a humanidade está cada vez mais se isolando, vivendo em um mundinho particular só seu, pena não é? Teu poema descreve a rotina e a indiferença muito bem, parabéns, beijos Luconi

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  5. Que lindo e deu bem pra imaginar a vida marcada pela batidas do sino... Passei em um vilarejo na Itália, assim...Ainda hoje!abração,chica

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  6. A rotina do hábito,
    os soldadinhos fazendo
    seu rumo como automáticos
    As cores são as mesmas,
    dos sorrisos nem se sabe
    porque cumprem as horas
    vesgas,
    quão tudo multiplicado
    nas particularidades de si
    mesmas...

    Gosto da tua realidade
    poética.

    Feliz semana Arnoldo

    Livinha

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  7. Que lindo Arnoldo

    Assim é a rotina. Sentir-se protegido depois da palavra lida.

    Passei minha infância assim sempre pelo mesmo caminho
    ao badalar dos sinos.Saudade desse tempo.

    Magnífica inspiração.
    bjs

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