quinta-feira, 22 de março de 2012
PESCADOR DE SONHOS
Tudo passou na hora que desbotou
Na hora que deixou de ser
Quando a maresia trouxe o outro lado da cor
O outro lado da dor
Tudo passou na hora que tinha que partir
Partir para o nevoeiro
Partir pra solidão do mar
Partir sem saber se iria voltar
Iria apenas partir
Não importava se iria ou não pescar
Importava sim
Poder se descobrir
Não importava se a dor que sentia era feita de flor
Ou se amargas lembranças iriam voltar
Só queria mesmo era partir para o mar
Só queria olhar para o horizonte e se entregar
Viver uma aventura para se esquecer de amar
Não importava se iria encontrar um marlim
Ou apenas sorrir para as estrelas ao invés de chorar
Ao invés de querer desistir de sonhar
Talvez fosse mesmo outro velho em busca do mar
Ou apenas um jovem velho que não soube amar
Que não soube pescar na beira da praia
Que nem mesmo saboreou uma raia
A lua secou
Secou sem lágrimas para desabrochar
Secou sem poder olhar os olhos que queria abraçar
Secou sem seus encantos poder mostrar
Sem ver o sol que queria amar
Tudo acabou
Acabou na hora que a flor sem orvalho suspirou
Na noite que seu mar secou
Nos olhos que ao olhar serenou
Na única noite que amou
Talvez fosse mesmo um velho jovem que estava partindo
Ou um velho que viveu sua breve vida sorrindo
Mas que se esqueceu de tentar naufragar
De se agarrar a tênue vida que a solidão nos dá
Que se esqueceu de lembrar que para viver
Era preciso brincar
De sonhar
De viver para amar
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Triste história, mas é lição de vida, é lição pra vida. Muito bom, Arnoldo! Beijos.
ResponderExcluirArnoldo,linda demais sua poesia!Não podemos nos esquecer que é preciso sempre brincar!Eu adorei!bjs,
ResponderExcluirPerdemos tempo pescando sonhos. Devemos alimentá-los e iniciar a jornada que nos possibilitará realizá-los.
ResponderExcluirNão sendo assim, carregaremos, eternamente, o questionamento de seu lindo poema.
Bjs.
O momento chegou,
ResponderExcluirA hora da partida
Saudades levou
Se foi triste despedida.
Nem tudo acabou,
A vida continua
A saudade que ficou
O nome daquela rua.
Onde alguém deixou,
Aquela pessoa querida
Talvez por ela chorou
E nunca será esquecida.
Desejo uma boa noite para você, amigo Arnoldo Pimentel.
Um abraço
Eduardo.
MEU AMIGO POETA ADOREI SEU POEMA LINDO POSTADO NO RECANTO ,NÃO SABIA DESTE SEU BLOG AINDA NÃO SEI COMO ME PASSOU DESPERCEBIDO MAS ME APAIXONEI POR ESTES
ResponderExcluirPOEMAS CADA UM MAIS LINDO PARABENS DEIXO UM ABRAÇO JA ESTOU SEGUINDO COM MUITO CARINHO MARLENE
Encantadora sua poesia.
ResponderExcluirVocê tem muito talento.
Beijos
És talentoso em tudo.
ResponderExcluirLinda poesia.
bjs.
Nem flor
ResponderExcluirnem marlim
nem raia
deixou tudo naufragar na praia
esqueceu de sonhar.
Um encanto
Um abraço.
"Que se esqueceu de lembrar
ResponderExcluirque para viver
Era preciso brincar
De sonhar
De viver para amar!"
Sou uma menina de quase meia idade,
mas que sente saudades do tempo da
infância, onde era sempre dia de esperança.
Não gostei de crescer, pois minha infância
era tão divertida, onde sempre brincava de ser
gente grande...Nunca quis crescer, mas a vida
me empurrou: no começo devagar, mas agora, tão
rápido que não dá tempo de sentir o tempo passar.
Abraços e me empolguei...rsrs