Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

LÁPIS DE CÊRA

Vou partir sem olhar pra trás
Entrar em convulsão sem cordas pra segurar
Nos ladrilhos que enfeitavam minha sina
Coberta de flores brancas e frágeis

Vou me cobrir com o manto da ilusão
Que enfeitou minhas noites de sonhos
Coloridos pelo lápis de cera
De cor neutra sem brilho

Minha voz ficou presa na garganta
Não teve inspiração para cantar a poesia
Sem saber que outrora era só fantasia

Meu passado agora é beleza abandonada
No caminho do futuro incerto
Onde não terei sonhos por perto


Arnoldo Pimentel

Quer uma dica de uma leitura ótima e diferente do que costuma ler?
Leia, comente e siga o blog de Sérgio Salles-Oigers
http://chicletesalgado.blogspot.com

11 comentários:

  1. Meu amigo os lápis de cera têm todas a cores, tem que colorir esses sonhos lindos que tem.

    beijinhos

    ResponderExcluir
  2. Olá!
    Como dizem :O futuro a Deus pertence.Então vamos sonhar que tudo é possível.
    Grande abraço
    se cuida

    ResponderExcluir
  3. Arnoldo,eu adoro esse seu blog!Soneto muito lindo,parabéns!Bjs,

    ResponderExcluir
  4. ... mas também recordação, essa que escreve de olhos vendados os sentires dum poeta.

    beijo amigo
    cvb

    ResponderExcluir
  5. Mais um belo poema que mostra a realidade da vida, que segue para um futuro surpreendente.
    Lindo domingo para você! Beijos

    ResponderExcluir
  6. Amigo gostei muito do seu poema, e a sua visita seus blogues são todos muito instrutivos nos fazem levitar e depois aterra em qualquer parte do mundo daquelas que ainda não conhecemos mas imaginamos. Nós somos todos iguais mas todos com formas e maneiras de pensar diferentes talvez seja por isso que Deus nos deu o livre arbítrio para que cada um pense e faça aquilo que quer, só que nem sempre fazemos as coisas melhores, mas acredite que se não fossem a más nunca saberíamos o que era bom.
    Beijinhos de luz e paz na sua vida...

    ResponderExcluir
  7. Olá, gostaria de agradecer a visitinha ao meu blog, e pelo apoio. Sobre seus poemas não tem nem como analisar, pois são feitos por um profissional nato. Todos excelentes. Parabéns.

    ResponderExcluir
  8. Então os sonhos eram coloridos, mas os lápis de cera eram meio que daltônicos.Ou será que era o contrário; os sonhos daltônicos, imaginando serem coloridos?
    Já que o caminho do futuro é incerto, sonhos coloridos sempre hão de pintar por aí...

    Muito boa essa poesia; reflete idiossincrasia.
    Abraços, poeta!

    ResponderExcluir
  9. Poeta isto ficou lindo, mas com certeza no futuro os sonhos voltarão, por que sem eles não ha esperança, beijos Luconi

    ResponderExcluir
  10. muito linda esta poesia, parabéns.
    beijo.

    ResponderExcluir
  11. Amigo mais uma vez adorei sua visita, seu comentário e seu poema.
    Seus poemas tem sempre um enigma que alguém um dia vai decifrar, mas cada um deles com sua beleza...
    beijinhos de luz , paz e muito amor no seu coração.

    ResponderExcluir