domingo, 30 de junho de 2013
SAN ANTONIO
Uma moringa com água fresca
Sobre a mesa
É tudo que tem na casa
Uma moringa
Água fresca
Uma mesa
E a porta aberta
Arnoldo Pimentel
sábado, 4 de maio de 2013
CAMPOS DOS GRANDES CÉUS
Preferi ficar em casa
Ao invés de ir jogar futebol
Naquela manhã de domingo
Peguei o caderno para fazer uma lista
De todos os lugares que eu queria conhecer
E lembrei
Dos Campos dos Grandes Céus.
Arnoldo Pimentel
sábado, 30 de março de 2013
SANTA LUZIA
Dias atrás já de noitinha
Um pouco depois das seis
Eu caminhei por um dos lados
Da única rua da pequena cidade
Onde eu estava
Entrei na pequena igreja
Em estilo barroco
Ajoelhei-me aos pés de Santa Luzia
E pedi a ela para abrir meu coração
Para que eu possa ver o mundo com mais amor
Para que eu possa me doar mais
Para que eu possa ser uma pessoa melhor.
Arnoldo Pimentel
domingo, 3 de março de 2013
O QUARTO, A CANECA DE CAFÉ E O CADERNO EM BRANCO
Trouxe o caderno para dentro do quarto, ficou o dia todo
na mesa de madeira da varanda, folheou, olhou todas as páginas, todas em
branco, sem história, sem memória. Pegou a caneca de café e tomou devagar para
sentir o gosto. Olhou mais uma vez as folhas brancas do caderno que ficou o dia
todo na mesa de madeira da varanda. Acendeu um cigarro, olhou pela janela,
pensou e enfim começou a escrever, começou a escrever a partir da manhã, há
tempos não lembrava aquela manhã, que entrou na pick up e pegou a estrada rumo
ao desconhecido que se abria a sua frente, sabia que chegaria na última folha,
só não sabia, se valeria a pena.
Arnoldo Pimentel
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
LUAR NA NEVE
Os
meninos correm atrás da bola
De um
lado para o outro
Na
pequena rua de chão
A lua que
nasce atrás das árvores
Não
ilumina aquele pedaço da rua
Obrigando
os meninos
A
crescerem amordaçados
Sem poderem
falar
Arnoldo
Pimentel
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
PONTES PARTIDAS
Ouço
os sinos de Santa Maria
Ao longe
e lembro que a vida passa
Nas ruas
por onde ando
Quase não
vejo meus vultos
Tem horas
que vou até o fim da rua
E olho as
pontes partidas
E sinto
que preciso
Buscar
minhas cavernas para me encontrar
Abro a
porta e entro em casa
Nem mesmo
acendo a luz
Da sala
Fico de
joelhos em frente a imagem
De Nossa
Senhora da Conceição
Abro meu
coração e peço graça
Arnoldo
Pimentel
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
GAMBIARRA PROFANA NO LABIRINTO POÉTICO
Amigos (a) está semana minha postagem está no meu blog
Ventos na Primavera, com vídeo e fotos da apresentação do Gambiarra Profana,
grupo de faço parte, no Labirinto Poético que fica ali na Praça XI, Centro do
Rio, próximo ao Sambódromo. Se puder assista o vídeo de nossa apresentação e
deixe um comentário, é muito importante pra nós. Desde já agradeço o carinho.
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